Neste sábado, 23, foi realizada a Final do Level Up no Centro Universitário Campo Real. O programa é uma iniciativa do Sebrae e tem como objetivo de contribuir com o desenvolvimento de comportamentos e habilidades empreendedoras entre estudantes da rede pública de ensino, além de estimular a cultura da inovação no ambiente escolar. Em Guarapuava e região, o evento teve o Núcleo Regional de Guarapuava como parceiro. Foram 15 escolas participantes e 10 finalistas.  

Para a representante do NRE Guarapuava, Profª Rúbia Batini, participar da iniciativa traz orgulho. “É uma honra para nós fazermos essa parceria com o Sebrae, ver essa proposta de inovação e de empreendedorismo, de instigar os alunos a perceberem o potencial deles. As escolas vieram, apresentaram seus projetos, apresentaram o seu olhar sobre a sua realidade e propuseram inovações, isso é um orgulho pra nós”, afirma. 

O Desafio do Level Up era apresentar uma proposta de modelo de negócio relacionada aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU. Os estudantes passaram por oficinas sobre empreendedorismo, proposta de negócio, empresa e mercado e sobre pitch (apresentação rápida para apresentar a ideia). 

Para a Co-fundadora e Executiva da Decola Startup School e consultora do Sebrae Ana Paula Murakawa, o evento foi um sucesso e ela pontua que é importante trazer o empreendedorismo para dentro das escolas. “Dar uma perspectiva pra eles de futuro, não somente como profissionais, mas também como cidadãos. O papel que eles podem exercer no mundo, criando soluções inovadoras e resolvendo problemas relevantes pro mundo”, comenta a consultora. 

Em primeiro momento, as equipes apresentaram suas propostas na própria escola e a melhor foi classificada para a Batalha Final. As 10 equipes finalistas apresentaram o pitch para a banca. Foram avaliados os pontos de aplicabilidade, potencial de mercado e se a apresentação respeitou os 3 minutos, foi clara, atraente e objetiva. 

A ideia vencedora foi a Ecoflow, do Colégio Estadual Professores Edvaldo e Mª Janete Carneiro do Turvo. Os estudantes desenvolveram uma empresa para a venda de absorventes e fraldas ecológicas, feitos a partir de descartes de indústrias têxteis. Além de reciclar o tecido, a iniciativa tem um apelo social, com a campanha compre um doe o outro, para beneficiar pessoas em vulnerabilidade que precisarem dos produtos. 

Para a professora Nelsi Moraes, orientadora do grupo vencedor, o programa foi um desafio que veio para provocar o lado criativo dos estudantes. “Eles conseguiram por toda a criatividade deles, trabalhar sobre pressão. Sob pressão porque é muita coisa em poucos minutos para apresentar e eles tem que desenvolver uma empresa sustentável e que traga benefícios além de lucros. Então assim, é uma experiência maravilhosa pra eles. Eu acho assim que além da criatividade, colaboração, parceria deles é tudo de bom, dá um UP mesmo na escola”, conta. 

Segundo a estudante Marcela Simeonato, integrante da equipe campeã, o programa Level Up veio para abrir portas às possibilidades e às particularidades dos colegas. “Foi muito importante pro nosso desenvolvimento e pra gente ter uma noção do que é o empreendedor e da importância disso na nossa vida. No nosso grupo a gente relacionou as melhores qualidades de cada um dos integrantes, para que cada um pudesse participar com a sua individualidade e contribuir pro projeto e deu certo”, explica ela. 

Alguns dos membros da equipe, já tinham participado do Lab de Ideias ofertado pelo Celeiro de Inovação e parceiros. Para Gabriela Pereira de Andrade, a experiência no Lab auxiliou muito por já terem o conhecimento de criação de modelo de negócio e como montar um pitch. 

Rafael Horst, do Celeiro de Inovação do CTP, participou em um dos módulos dando apoio e mentoria aos estudantes. Para ele “É importante fomentar desde o início, desde a escola, projetos como esse que desenvolvem futuras startups que desenvolvem modelos de negócios e podem ser facilmente aplicados”. Rafael completa dizendo que é interessante acompanhar o desenvolvimento desses estudantes, porque o Celeiro tem a visão de justamente fomentar, mentorar e ajudar a promover essas ideias.